Em 24 horas, de terça para ontem à noite, São Leopoldo registrou um acumulado de chuva de 80mm e conforme levantamento no Estado, está entre as cidades com maior volume de precipitação. Nesse período, não foi registrada nenhuma ocorrência e o sistema de drenagem do Município se mostrou eficiente. No início da noite desta quarta-feira (12), o prefeito, Ary Vanazzi, foi até a vala de drenagem do arroio Gauchinho, na vila Brás (bairro Santos Dumont) e nas Casas de Bombas do arroio João Corrêa (bairro Vicentina) e do bairro Campina para verificar a situação do sistema de drenagem.
Também acompanharam a vistoria o secretário Geral de Governo, Nelson Spolaor, o diretor-geral do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), Geison Freitas, e o gerente de Manutenção de Esgoto do Semae, Josnei Barcelos.
Há uma atenção especial com a vila Brás, pois foi verificado que o escoamento da água da vala de drenagem do arroio Gaúchinho para o Rio dos Sinos está um pouco lento. Nesse local, está operando uma bomba anfíbia móvel que transfere a água por sobre o talude do dique até o Rio dos Sinos. As duas casas de bombas estão operando dentro da normalidade e equipes do Semae estão monitorando todo o sistema.
Vanazzi disse que a Prefeitura de São Leopoldo se manteve em alerta desde o momento que a Defesa Civil Estadual emitiu o alerta da formação de um novo ciclone e a possibilidade de volumes excessivos de chuva. “Definidos quatro pontos principais de ação. A análise constante da previsão do tempo com emissão de orientações para a população. Mantivemos equipes das secretarias municipais de sobreaviso. Fizemos o desassoreamento da vala de drenagem da região Nordeste e da bacia de amortecimento do arroio Gaúchinho e o contato com instituições locais para eventual acolhimento e parceria com o Exército e os Bombeiros”, comentou.
O prefeito também salientou as ações permanentes para garantir um sistema de drenagem adequado para atender da forma mais efetiva o escoamento da água da chuva. “Mesmo com quase 80mm de chuva na cidade não tivemos nenhum problema relacionado a alagamentos ou falha nas casas de bombas. Isso mostra o nosso compromisso e responsabilidade com a população de São Leopoldo. O que aconteceu no mês passado foi uma situação atípica causada pelo volume excessivo de chuva”, afirmou.
O diretor-geral do Semae, Geison Freitas, também reforçou a atuação constante da manutenção da casa de bombas. “Na Casa de Bombas da João Corrêa, as sete bombas responsáveis pela drenagem do canal estão em pleno funcionamento. Em 2017, apenas duas bombas funcionavam no local. Os equipamentos garantem a capacidade de vazão de 17.500 litros por segundo”, explicou.
Nível do rio
O nível do Rio dos Sinos em São Leopoldo chegou na marca de 3,81m, às 20h15, da quarta-feira, 12 de julho, de acordo com apontamento da régua do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) instalada na rua da Praia. Dessa forma conforme disposto no Plano de Contingência se mantém o nível de observação, sem riscos e sem requerer atenção especial.
Conforme o coordenador técnico da Defesa Civil, o Plano de Contingência para Inundações (Placon) contém os protocolos com as medidas a serem adotadas e os órgãos envolvidos em casos de desastres naturais. “É necessário explicar que esse alerta é um protocolo dentro do nosso plano de contingência que visa prevenção. Acredito que poucas prefeituras possuem esse plano elaborado pelas defesas civis. Quando o rio está acima de 4,30m e há indícios de elevação, se entra nesse status de alerta”, esclarece.
Emergência
Em caso de ocorrências causadas pelas intempéries, a Defesa Civil de São Leopoldo atende pelo telefone 153, da Guarda Civil Municipal (GCM) e 193 do Corpo de Bombeiros Militar. Também ficam disponíveis os telefones (51) 99117-8291 e (51) 98924-7852.