POR JULIANO PALINHA: Os tropeços do Aimoré ao longo de 2023

3 de julho de 2023 - 13:03
Por Juliano Palinha

A vida do torcedor aimoresitas não tem sido fácil. É o acúmulo  de tropeços em 2023. Primeiro o rebaixamento para Série B do Gauchão;  segundo a derrota na estreia da Copinha e ontem no Estádio do Vale foi a goleada para um time que não havia vencido no campeonato. Porém, quando um time é goleado por 4 a 1 pelo maior rival é preciso fazer uma leitura mais profunda dos fracassos. O Aimoré que perdeu para o Novo Hamburgo começou a tropeçar em 2021, quando o presidente Ronaldo Vieira renunciou ao cargo. De lá para cá o índio vem cambaleando.

Razão e coração

Futebol não se faz com coração, apesar de muitos dirigentes do interior aceitarem o desafio motivados pelo amor ao clube. Werner Carvalho, aimoresista desde criancinha, é um exemplo. Aceitou tocar o índio até ano passado. Custou caro para ele, pois tirou dinheiro do bolso para honrar os compromissos. Fez sua parte e ainda segue como um dos vices. Mas futebol é preciso agir com razão acima de tudo. Não tenho dúvida da paixão dos dirigentes do Aimoré pelo clube, mas será que eles estão conseguindo separar as duas coisas? Não sou irresponsável em apontar culpados, mas passou da hora do conselho deliberativo dividir essas essas responsabilidades. As decisões precisam ser coletivas e não individuais.

Escudo

Acho que é responsabilidade do treinador dar explicações técnicas e táticas após uma goleada para o maior rival. Mas para por aí, o extracampo é responsabilidade do presidente e seus pares. Gelson Conte parece ser uma espécie de escudo dos dirigentes. Na entrevista pós jogo Gelson quase foi além das quatro linhas. É óbvio que tem crédito de sobra para expor algumas situações, mas não é sua função, afinal é empregado do clube assim como todos os atletas.

Não entendi

Também achei estranho o vice Márcio Picoli falar da derrota com a presença do presidente Sandro Borowski no estádio. Picoli justificou dizendo que o presidente estava nervoso, mas isso é pouco, afinal ser presidente tem o ônus e o bônus. Se aceitou o cargo, precisa justificar  na boa e na ruim.

Mudanças dentro ou fora de campo?

Picoli disse que a partir de hoje haveria mudanças. Gelson também deixou escapar isso. Mas o que mudará: dirigentes ou jogadores? Os serão os dois?

 

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