Definitivamente 2023 não é o ano do Clube Esportivo Aimoré. Além das decepções dentro de campo, como a queda para Série B do Gauchão, estreia com derrota na Copinha e campanha pífia no Campeonato Brasileiro da Série D, o índio é o vice-lanterna do grupo, em menos de um mês o clube perde dois dos seus maiores torcedores símbolo: Dona Alaídes e Álvaro Cardoso. Confesso que ao longo dos mais de 20 anos que acompanhei o Aimoré pelo Jornal VS e agora com a Berlinda, não lembro de um momento tão triste. Foi dolorido a queda para Série C do Gauchão em 2011, mas havia perspectiva de dar a volta por cima, como aconteceu nos anos sequintes.
Eles eram aimoresistas
Geralmente no RS os torcedores se dividem entre Grêmio e Internacional. Tem aqueles que até tem dois times. Torcem para dupla, mas a primeira camisa é o time da sua cidade ou do interior. Dona Alaídes e Álvaro eram exceções. Eles eram aimoresistas. Com eles não havia segunda opção. Eram torcedores identificados com o clube leopoldense. E histórias não faltavam para os dois.
Sou privilegiado
Como jornalista posso dizer que sou privilegiado. Conheci e fiz muitas matérias com os dois. Mesmo criticando o Aimoré em alguns momentos, nunca ouvi do Álvaro ou da Dona Alaídes uma palavra desrespeitosa. Sei que não gostavam, mas nunca me trataram mal. Muito pelo contrário, sempre foram muito gentis quando me viam no clube.
Novo ciclo
Infelizmente a vida é feita de ciclos. Dona Alaídes e Álvaro Cardoso cumpriram seus papéis aqui na terra. Honraram a camisa índia escrevendo lindas histórias. Não são ídolos do campo, mas personagens fundamentais fora dele. Eu só tenho que agradecer por ter conhecido ambos e dizer muito obrigado.
Presente
Neste domingo (2), às 18 horas, no Estádio do Vale, tem o Clássico diante do Novo Hamburgo pela 11ª rodada do Brasileiro da Série D. Vencer o maior rival pode ser um presente para as famílias desses dois torcedores inesquecíveis.
O Improvável Aconteceu, e foi em 2007
Ontem, no Estádio Arthur Mesquita Dias, foi dia de encontro e reencontro. Foi dia de lembrar 2007. Ontem ocorreu o lançamento do livro Sapucaiense 2007 – O Improvável Aconteceu, escrito por Leonardo Cantaerelli e Luís Felipe Fleck. Alguns personagens daquele ano estiveram presente. Como o goleiro Eliandro, os laterais Gian e Gustavo, o zagueiro Dias, os volantes Evandro e Douglas T-Rex, o meia Maicon Sapucaia e o atacante Thiago Fernandes. Arlênio Silva, vice presidente da época também marcou presença. Infelizmente o presidente Chico Christianetti não está mais com a gente, mais seu filho Fillipe representou o pai. Não li o livro ainda, mas acompanhei de pertinho toda a trajetória rubro-negra daquela época. Foi lindo demais tudo que aconteceu. Era uma família comandada por Chico e Arlênio. Parabéns.