Acadêmicos de Arquitetura da Feevale desenvolvem projetos para atender a demandas de entidades comunitárias

Uma disciplina implementada este ano no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Feevale teve como objetivo aproximar os acadêmicos de demandas reais de membros e entidades comunitárias de Novo Hamburgo. Durante as aulas de Projeto Integrado Vivenciado, os estudantes verificaram dados sobre o território da cidade, como plano diretor, números de censos e mapas de geoprocessamento, e os relacionaram aos locais mais vulneráveis no aspecto socioambiental. Em seguida, elencaram três associações para ouvir suas necessidades, realizar um diagnóstico e uma proposta de intervenção a partir de suas demandas. São elas: Associação dos Moradores do Kephas II, Kipling em Ação e Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Velha Querência.

Esta quinta-feira, 29, durante a aula da disciplina, foi a oportunidade para que integrantes das associações conhecessem os projetos e pudessem avaliá-los. O professor do componente curricular, Tiago Balem, explica que o desenvolvimento desse trabalho foi uma oportunidade para o curso se conectar com a sociedade. “Normalmente, nas aulas, os alunos criam projetos arquitetônicos, mas são exercícios hipotéticos. Nessa disciplina é diferente. Existe um lugar real e pessoas reais, e isso muda completamente a figura. É uma demanda concreta”, destaca.

Após assistir à apresentação do projeto de uma nova área de lazer para a Associação dos Moradores do Kephas II, a líder da entidade, Iracema Batista, se emocionou. “Estou sem palavras, de tão lindo que ficou. É um sonho para a comunidade e para a associação, uma porta que está sendo aberta para nós”, disse, lembrando que era uma vontade antiga da associação se aproximar da Feevale. “Só temos a agradecer”, pontua. Para a acadêmica Sara Nunes, integrante do grupo responsável pelo projeto, trabalhar com necessidades da sociedade foi uma oportunidade única. “É muito diferente trabalhar com pessoas reais, é gratificante”, pontuou.

Para a organização não governamental Kipling em Ação, de Canudos, os estudantes propuseram um novo layout com zoneamento dos espaços, já que a sede fica na casa de Marlene Souza, fundadora da ONG. Já para o CTG Velha Querência, localizado no Diehl, os acadêmicos criaram um projeto de adequação da área externa – por onde passa um riacho -, que inclui um deck, delimitação de uso da área e educação ambiental. O professor Balem, que também integra o projeto Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (LaVuRS), aponta que a ideia para o próximo semestre é que a nova turma de acadêmicos se concentre na execução dos projetos, com apoio das comunidades.