Mais uma vez a Comissão de Doação de Órgãos e Transplantes do Hospital Centenário, coordenada pela enfermeira Fernanda Estrela, conseguiu convencer uma família da importância da doação de órgaos para salvar vidas.
Nesta quinta-feira (1º), foi realizado pelas equipes da Santa Casa e do Hospital de Clínicas com apoio do bloco cirúrgico do Hospital Centenário a doação de sete órgãos. Segundo Fernanda, a captação foi de um jovem de 30 anos, após confirmada a morte encefálica do paciente, e com autorização da família. Foi a primeira captação deste ano.
Foram captados os seus rins, fígado, córneas e o pulmão. Os órgãos foram transportados com escolta da Polícia Rodoviária Federal.
O presidente da Fundação Hospital, Nestor Schwertner, lembra que a autorização da família é essencial para que a doação de órgãos possa ocorrer. “O gesto da família, mesmo diante da dor da perda, vai permitir que vidas sejam salvas. Portanto, é fundamental que sigamos com ações que levem cada vez mais informação e conhecimento sobre a importância da doação de órgãos”. Nestor destaca, ainda, a atuação da equipe do hospital. “Ficamos muito agradecidos pelo empenho dos nossos colegas que tem tornado possível esse nobre trabalho.”
COMO FUNCIONA
Fernanda ressalta a seriedade do serviço de captação de órgãos realizado no Hospital Centenário, que conta com uma série de critérios para atestar a morte encefálica de pacientes e o encaminhamento do processo de doação. O trabalho possui alta capacitação técnica, mas oferece, sobretudo, informações e acolhimento aos familiares. “Doar órgãos é a oportunidade que a família tem de salvar outras vidas, um sentimento de que seu ente querido segue vivo em outras pessoas”, explica.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto), em 2022, a fila de espera por transplante no País cresceu 30,4% desde o início da pandemia. A lista ativa de pacientes adultos e pediátricos em espera ultrapassou os 50 mil.
