Mesmo com a paralisação dos metroviários por 24 horas, iniciando a zero hora desta segunda-feira (8), as estações da Trensurb estão aberta e os trens circulando com intervalo de 20 minutos. Em São Leopoldo, por exemplo, o movimento é normal e não há filas. A Guarda Civil Municipal presta apoio para evitar algum problema. Não há nenhuma manifestação dos grevistas.
A decisão pela paralisação ocorreu na tarde de ontem em mais uma assembleia do Sindicato dos Metroviários do RS (Sindimetrô RS) que manteve a decisão de entrar em greve nesta segunda-feira.
Entre as reivindicações dos metroviários, segundo o presidente do Sindimetrô-RS, Luís Henrique Chagas, está o pagamento de adicional de risco de vida do setor de segurança e a prorrogação do acordo coletivo, que já foram atendidas, conforme o presidente, e uma ação imediata do governo federal para a retirada da Trensurb da lista de privatizações. Em torno de 110 pessoas usam o trem diariamente.
A Trensurb afirma que ganhou ação a fim de preservar o patrimônio e o livre funcionamento da empresa junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, e que, “em caso de descumprimento da decisão, o Sindimetrô-RS será multado em R$ 100 mil”. Conforme nota da empresa, a liminar prevê proibição de invadir ou ocupar a via dos trens, de impedir os usuários de adquirirem os bilhetes e de liberar as catracas, permitindo o uso sem o pagamento da tarifa. Conforme a Trensurb a empresa “mantém todos os esforços para garantir a prestação do serviço de transportes”, e Metroplan e EPTC farão reforço nos horários das linhas de ônibus.
No sábado, representantes dos metroviários, empresa pública de trens, Ministério Público e TRT4 realizaram reunião de mediação na sede do tribunal. O resultado do encontro trouxe certo alento à categoria, que prometeu levar a resposta da Trensurb à categoria, porém, ontem, em nova assembleia da categoria, o presidente do Sindimetrô afirmou que não houve nenhum avanço e por isso a paralisação foi mantida.