Como é ser mulher e diretora de um sistema prisional feito por e para homens? Para Fernanda Camargo, diretora há quase dois anos de Instituto Penal de São Leopoldo, é tranquilo porque ama o que ama e por isso não encontra dificuldade em comandar um local com mais de 190 apenados e 27 servidores públicos.
Fernanda, que esteve no programa Berlinda em Focco na tarde desta quarta-feira (8), faz parte de uma lista de 2.167 policiais do Sistema Penal do Estado. Formada em Direito pela Unisinos, ela integra o quadro de servidores na área de segurança há nove (9) anos. A primeira experiência foi como agente penitenciária no Presídio de Novo Hamburgo, por sete (7) anos. “Depois desta experiência em Novo Hamburgo, em 2021, fui convidada pelo delegado da 1ª região Penitenciária para assumir como diretora e administradora do Instituto Penal aqui de São Leopoldo, nosso presídio semiaberto. Aceitei na hora e posso dizer que sou apaixonada pela minha profissão. Sou realizada no que faço e que estou no caminho certo”, revelou.
“Ser diretora me trouxe muita experiência.. É uma função que me desafia diariamente e eu encaro isso de maneira muito positiva. E não apenas na vida profissional, mas na vida pessoal, porque a gente lida com pessoas. Nós temos 190 vidas ali dentro e mais 27 funcionários”, destaca Fernanda.
A diretora destacou o trabalho para reintegrar os apenados à sociedade. Lembrou que dos 190 apenados, 120 trabalham durante o dia, representando 60% dos presos. “É muito importante a sociedade entender e aceitar esse apenado de volta”, disse.
Durante uma hora de conversa Fernanda Camargo afirmou que a Unidade de Saúde, prevista para ser instalada dentro do Instituto está ainda na fase de adequação dos projetos, mas deve sair em seguida e da importância desta unidade dentro do Instituto.
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