Ser eleita à vice-presidência da Mesa Diretora/2023 era requisito para chegar a presidência da Câmara de Vereadores de, em 2024, ano do Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil. Certamente a simbologia enriquecerá a história política da pedetista Iara Cardoso. Porém, há um significado ainda maior que é a consolidação como principal liderança do partido na ativa. Quem acompanha a política capilé sabe que desde sempre, Iara Cardoso e Ary Moura (falecido) disputaram o espaço dentro do PDT. Isso ficava claro nas eleições da executiva, que é a instância que define quem tem mais força. Essa disputa chegava ao conhecimento público. No entanto, pela experiência e habilidade, eles (Iara/Ary) sabiam como controlar e fazer a trégua até a próxima disputa.
Rodízio dos vices
A presidência do Legislativo em 2024 será do PDT conforme acordo da base governista que teve o PT com Ana Affonso em 2021; Tarzan Corrêa do Republicanos em 2022; Marcelo Dentinho (PTB) em 2023. Nos três anos, o vice-presidente da Mesa Diretora foi o próximo presidente. Lembrando que Iara Cardoso presidiu a Casa em 2002 e 2016.
Fim do constrangimento
A renúncia do vereador Rafael Souza (PDT) à função de vice-presidência da Mesa Diretora acabou com a situação de constrangimento dos vereadores, especialmente do pedetista Fabiano Haubert que era “convidado” a secretariar a Mesa em todas as sessões de 2023. Rafael Souza renunciou da função, para a qual foi eleito em 20 de dezembro, porém nunca assumiu em cumprimento a decisão judicial que o afastou do exercício por conta da investigação e indiciamento na Operação Consiglieri.
Menos um problema
O presidente do PDT, Geison Freitas, deve estar mais aliviado com a solução na Câmara de Vereadores, que na prática é menos um problema para resolver, permitindo foco no planejamento e articulação para a eleição do novo comando do partido, que vai ocorrer entre abril e maio. Já sobre a Operação Consiglieri envolvendo o vereador Rafael Souza e mais cinco pedetistas, ao Partido PDT, resta apenas aguardar o conclusão do processo pelas autoridades competentes (Polícia/MP/Judiciário). Como figura institucional, o PDT sequer tem acesso à investigação que está em segredo de justiça, pois não é parte.