Li em algum lugar:
“Serás mãe para toda a vida.
Ensina as coisas importantes.
As de verdade.
(…)
E acima de tudo, respira.
Serás mãe para toda a vida.
Ele será criança só uma vez.”
(Autor desconhecido)
E assim é: a vida de uma mãe tem muitos desafios. Quem dera pudéssemos nos dedicar exclusivamente à maternidade, não é mesmo?
Mas a realidade de muitas de nós é essa: casa/família – trabalho e um vasto “universo” de outros tantos compromissos que recaem sobre a mulher.
Com uma jornada dupla (ou quem sabe, tripla), vamos nos virando daqui e dali para vencermos todos esses desafios.
Os filhos precisam do nosso olhar e, sem dúvida nenhuma, desempenhamos nosso papel com maestria.
E quando o filho ou filha necessita de atenção maior, ou ainda tem uma série de limitações e precisa de vários tratamentos? Pois bem, essa é uma realidade na vida das mães de autistas.
A verdade é que não existe uma receita pronta ou uma fórmula mágica. Cada mãe se organiza da melhor forma possível, de modo que a criança tenha todo o suporte necessário.
A “descoberta” do Transtorno do Espectro Autista (TEA) traz consigo diversas situações bastante difíceis, gerando uma carga forte de estresse para a família.
E por isso, cuidar de quem cuida é extremamente importante e urgente.
Como fazer, então?
Autocuidado e rede de apoio para mãe de crianças com TEA podem auxiliar na superação dos desafios da criação dos pequenos.
Porém, atualmente no Brasil, não existem muitos espaços sociais de apoio a essas mães.
Assim, uma forma de encontrar com pessoas que estejam passando por situação semelhante, as mães criam grupos de apoio na internet. São espaços democráticos que rompem a barreira da distância e torna real a conexão entre as pessoas.
Além de buscar uma rede de apoio, há outros caminhos indicados por estudiosos que também são importantes para lidar com essas vivências diárias:
– Buscar suporte na psicoterapia (por meio do autoconhecimento): é um espaço para poder se comunicar em ambiente neutro, sem julgamentos. Isso fortalece a autoestima;
– Buscar o máximo de informações sobre o TEA junto aos profissionais especializados no assunto (psiquiatras, neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros);
– Buscar manter o convívio familiar e social. Nem sempre os familiares possuem habilidades para lidar com as situações, porém quanto maior o convívio, mais poderão auxiliar em determinados momentos em que a mãe precisa de ajuda sem gerar um distanciamento social da criança;
– Criar e modificar a rotina sempre que necessário. A rotina estruturada auxilia na previsibilidade das atividades diárias. Sempre que possível, incluir novas atividades que agreguem benefícios à criança;
– Dividir a vivência e compartilhar seus sentimentos e conhecimentos sobre o transtorno.
Os desafios são inúmeros na criação da criança com TEA, mas o importante é que nós, mães de autistas (e eu me incluo nesse grande grupo), tenhamos um olhar de cuidado conosco com o mesmo amor e empenho que dedicamos aos nossos filhos.
Enfim, há muito o que avançar quando o tema é esse: TEA.
Contudo, vale lembrar que autismo não é doença e que não estamos sozinhas. E se nos apoiarmos e compartilharmos nossos anseios e experiências, certamente venceremos a pior das “doenças”: o preconceito!
Fica aqui uma sugestão e um convite para conhecerem a página (Facebook) No mundo da lagarta. Será um prazer encontrá-los por lá!