POR JULIANO PALINHA: Rebaixamento do Aimoré no retrovisor

30 de janeiro de 2023 - 14:34
Por Juliano Palinha

Em uma competição rápida como é o Gauchão, marcar apenas um ponto em nove disputados significa ver o rebaixamento no retrovisor. O Aimoré não começou bem o campeonato e a maior dúvida é saber se ainda dá tempo para reação. Precisa fazer mudanças, mas para isso precisa qualificar o elenco. Para qualificar o elenco precisa de dinheiro, aí entra a maior preocupação.

Expectativa x realidade

Gosto do Edinho Rosa como técnico. É estudioso e dedicado. Vi isso lá na base, quando acompanhava ele. Mas a vida está dura para o lado do professor. Perdeu muitos jogadores importantes e não conseguiu repor com qualidade. Tinha expectativa de conseguir bons resultados com esse grupo, mas a realidade é quem não venceu nenhum amistoso preparatório antes da competição e o desempenho no Gauchão comprova que o elenco é limitado. Não falta vontade no grupo, mas qualidade.

123 pagantes

Conheço um pouquinho o futebol gaúcho. A final foram mais de 15 anos acompanhando diariamente jogos e treinos. Fiquei três anos fora, mas pouco mudou. Os clubes do Interior seguem sofrendo. A estreia do Aimoré contra o Esportivo, por exemplo, 123 pagantes para um renda que não passou de R$ 4 mil. O clube teve mais de R$ 12 mil de despesas. Arbitragem, segurança privada, limpeza, bilheteria, iluminação e por aí vai. No seu 5º ano consecutivo na elite, na primeira partida em casa, o clube teve uma despesa de mais de R$ 8 mil. É triste demais.

É preciso coragem

Tiro o chapéu para o presidente Sandro Borowsky. É preciso ter coragem para voltar a assumir o clube. Mesmo sabendo que a barca pode afundar ali na frente, aceitou o desafio.  Terá que tomar decisões difíceis e radicais para tentar manter o clube na Série A. Mesmo assim não é certeza que irá conseguir o objetivo.

 

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