A história de São Leopoldo além de muito interessante, envolve diversas curiosidades e para que nossa audiência conheça um pouco mais sobre a nossa cidade, os jornalistas Juliano Palinha e Sônia Bettinelli, conversaram no programa Berlinda News Entrevista desta segunda-feira (16) com o historiador Márcio Linck.
Praticamente uma cápsula do tempo em pessoa, Linck consegue contar com facilidade, detalhes e exatidão tudo que ocorreu no passado leopoldense, como datas e nomes importantes.
O ponto central da história do município, obviamente não poderia ser outro: o Rio dos Sinos. Segundo o historiador, os diques afastaram a população do rio que antigamente era utilizado pela comunidade como uma prainha e como ponto de encontro e lazer.
“Os diques foram um mal necessário para corrigir um erro histórico, que foi a instalação do núcleo urbano de SL em área de inundação do rio. A Rua da Praia, por exemplo, já foi chamada de Rua da Margem. Então é preciso fazer um movimento para trazer a população para mais perto do rio. Porque não fazer um pier sobre o dique? Colocar quiosques com mesas, isso integraria a comunidade ao Sinos.”
Linck comentou também sobre o abandono dos monumentos históricos na cidade, em especial ao localizado na Praça Tiradentes, em frente ao antigo prédio da prefeitura. “Esse monumento foi construído no centenário São Leopoldo, quando a cidade se tornou vila em 1946, tendo assim autonomia, como por exemplo, podendo ter uma Câmara. E o prefeito na época, Carlos Souza de Moraes foi o idealizador do monumento em homenagem a Segunda Guerra Mundial, que teve a participação brasileira. Infelizmente o monumento não possui mais as placas e está abandonado”, explicou o historiador que junto com os jornalistas contaram para a nossa audiência que junto à construção existe uma Cápsula do Tempo, que nada mais é que uma caixa onde naquela época foram guardados itens como recortes de jornais, moedas e outros objetos que contam um pouco sobre a história do município, do Estado e também do Brasil, durante a década de 40.
Ainda sobre os monumentos, outro ponto tratado por Linck no programa, foi onde construir o monumento do Bicentenário. O historiador mostrou certa dúvida em relação a alguns locais. “Não sei se substituir o monumento da Praça Tiradentes pelo do Bicentenário seria o mais adequado, porque tem questões históricas ali. É o melhor lugar, é o mais apropriado? É preciso que seja um lugar seguro e bem visível.”
Assista ao programa completo abaixo: