A petista de São Leopoldo, Ana Affonso, vive momentos distintos nas três esferas do Poder Público para definir seu papel no partido e nos governos a partir de 2023. Em São Leopoldo, no quarto mandato no Legislativo, Ana é um dos três nomes no debate interno para suceder o prefeito Vanazzi na disputa municipal em 2024. No Estado, como vice-presidente estadual do partido, coordena o grupo de transição que se reúne pelo menos duas vezes por semana na Assembleia Legislativa. Na transição em Brasília, onde esteve na semana passada, ela (Ana) debate a questão da moradia, combate à fome e as cidades. No Berlinda News Entrevista de hoje (6), a petista falou sobre os temas acima e também opinou sobre a política local, a administração musical.
Sobre o governo Lula/3 (terceiro mandato), a vereadora reforça que foi uma grande vitória na eleição, mas foi o primeiro passo. “Derrotar Bolsonaro é muita coisa, porque se trata de presidente popular e que tem seu carisma. Não reconhecer isso seria um erro porque derrotamos Bolsonaro mas o bolsonarismo será muito forte no Parlamento.”
Sobre os espaços dos partidos no governo Lula. “O governo Lula não é exclusivo do PT, é uma coalizão formada por vários partidos. O que o PT não abre mão é de algumas pastas como a Fazenda, a economia, por exemplo e a Saúde.”
Sobre estar presencialmente na transição, em Brasília, por dois dias. “É fundamental estar lá para escutar, opinar e fazer contato com as lideranças nacionais do PT e partidos da coalização. Não é a Ana que ganha com isso, é o governo Vanazzi de São Leopoldo no momento nacional. Mais pessoas do governo deveriam ser indicadas inclusive de partidos aliados, porque tudo isso é visibilidade para o governo Vanazzi.”
Sobre administração municipal a partir de questionamento feito por internauta sobre a Saúde da cidade. “Durante a campanha a comunidade nos dá muito mais que o voto. Nos dá subsídio para levar ao governo como sugestão, demanda para melhorar. O governo Vanazzi tem grandes obras na cidade e isso é mérito de suas articulações e da gestão. Mas as obras precisam acontecer simultaneamente à entrega dos serviços à população. Não há dúvida que o governo banca o Hospital Centenário por conta de repasse pequenos do Estado e União. Mas a Saúde não é só dinheiro, é o tempo nas filas, o tempo para o atendimento, o acolhimento. Algumas decisões precisam ser pensadas fora de quatro paredes, do sétimo andar”.
Futuro
“Claro que existe a real possibilidade de assumir na Assembleia Legislativa, não de imediato. Tem a eleição de 2024 quando alguns deputados devem concorrer em suas cidades. Tem o Miguel Rossetto com grande possibilidade de Brasília e o companheiro de Rio Grande (1º suplente) manifestou vontade ficar na região Sul na composição do governo federal. Isso é para fevereiro. Com a votação de mais de 22 mil votos no Estado, com certeza contribuo mais para a população e para o próprio PT na Assembleia na comparação com a Câmara de Vereadores.”
Sucessão municipal
” Com quatro mandatos de vereadora cumpri meu papel além da necessidade de dar espaço para novas lideranças. Portanto, meu futuro é o Executivo Municipal ou Legislativo Estadual.”
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