No 6º dia da manifestação contra o resultado da eleição de 30 de outubro, em frente ao 16º GAC/AO, moradores do condomínio Dom Guilherme se reúnem às 14 horas de hoje com Ministério Público para tratar da perturbação do sossego. São 150 apartamentos em três torres de 10 e quatro andares. Parte dos moradores incomodada com o barulho provocado pela manifestação também estaria sendo pressionada por quem mora no local e não reclamou. “Os mais prejudicados são os moradores da torre de 10 andares em frente à Avenida Unisinos. No final de semana e feriado o barulho é ainda maior. Hoje pela manhã ficou mais calmo pela chuva, mas a partir das 18 horas o barulho se intensifica. Na sexta-feira foi enviado um abaixo-assinado ao MP pelos moradores que se sentem prejudicados”, diz um dos moradores que pediu para não ser identificado, mas confirmou a situação.
No Berlinda News Entrevista de hoje (7), o comandante do 25º BPM, tenente/coronel Alexandre Goi explicou a estratégia da Segurança Pública envolvendo a BM e a Secretaria Municipal de Segurança e o Ministério Público. “Estamos em contato permanente com o Ministério Público, Prefeitura e Guarda Civil Municipal (GCM) adotando medidas como o bloqueio de uma via para evitar a circulação de veículos, de buzinas e sempre que necessário conversamos com os manifestantes explicando que a perturbação do sossego é durante as 24 horas do dia e não só após 22 horas”, explica acrescentando que desde a quarta-feira (2) equipes fazem o policiamento ininterrupto no local. “Nosso foco é toda a população da cidade por isso já pedimos reforço para que não falte equipes para outras regiões da cidade”, completa.
A reclamação dos moradores é pelo barulho de buzinas, vuvuzelas e música de dia e à noite. Conforme o comandante, os moradores devem se dirigir à equipe da BM e registrar o fato. “Placa de carro coberta é infração, precisa ser registrado assim como interrupção de via, soltar fogos que é proibido por lei municipal. Quem tiver material com esses registros deve ligar para o 190 a sala de operação e será direcionado para o número que deve ser enviado o material”, explica.
Sem líder identificado
O site Berlinda não traz a versão dos manifestantes por não existir uma liderança identificada para falar pelo grupo. Na noite de sexta-feira o jornalista Juliano Palinha esteve no local e tentou ouvir uma liderança, porém ninguém assumiu ser líder.