No Cultura Capilé desta sexta-feira (30), a convidada Sônia Corrêa apresentou-se da forma como vive. “Sou uma colcha de retalho, fui me reinventando, juntando minhas fases da vida, me reconstruindo”, disse Sonia que há 23 anos deixou a profissão na área das ciências exatas para fazer o que sempre quis, a arte reciclada. Na verdade, a artesã curou um trauma de infância com amor pela arte. “Só tive uma boneca na minha infância. Ganhei uma boneca que quebrou três dias depois. Meu pai, muito severo, disse que eu não ganharia outra. Então comecei a criar minhas bonecas com a palha de milho. Sempre usando material reciclável de galho a couro, faço o que amo”, destacou a artesã.
Atualmente Sonia cria bonecas para desmistificar o bullying para além do racismo. “Criança gorda sofre bullying, quem usa óculos, quem tem problema de fala, enfim uma série de situações, por isso minhas bonecas representam todas as crianças”, diz acrescentando que está estudando sobre a matriz africana e principalmente as cores para saber como e por qual motivo foram criadas. É uma história que me apaixona e me traz muito conhecimento”.
Sônia, que além de artista é escritora e cronista, também falou da transformação da sua vida e do livro que está finalizando sobre a história do seu pai, João Corrêa, que era militar e esteve na 2ª Guerra Mundial.
Ouça o programa completo