Padre Kelmon é candidato à Presidência pelo PTB, após Roberto Jefferson ter candidatura indeferida

25 de setembro de 2022 - 08:45

Mais um nome surge na disputa a presidência do Brasil. O baiano Kelmon Luís da Silva Souza, de 45 anos, ou melhor, Padre Kelmon. Ele esteve na noite deste sábado no debate presidencial e chamou atenção com trajes característicos da matriz ortodoxa da Igreja Católica e defesa enfática do movimento pró-vida. O candidato, ainda desconhecido por muitos na véspera das eleições, foi alçado a cabeça de chapa depois que a candidatura de Roberto Jefferson (PTB) foi indeferida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Assim, faltando um mês para o primeiro turno, Padre Kelmon foi de vice de Jefferson para titular na chapa — o vice, agora, é Pastor Gamonal, também do PTB. O programa de governo apresentado ao TSE não mudou. Continua, inclusive, com a foto de Roberto Jefferson na capa. As propostas tratam da defesa de pautas de direita e conservadoras.

Kelmon defende o Estado mínimo, a convocação de uma Assembleia Constituinte, a redução da carga tributária e a “defesa da vida desde a concepção”. O posicionamento contra o aborto em qualquer situação é uma das principais bandeiras do candidato do PTB, exposto no primeiro debate presidencial de que participou, em 24 de setembro, no SBT.

Nascido em Acajutiba, uma cidade de 15 mil habitantes na Bahia, Kelmon diz pertencer à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Perú. Ao anunciar a candidatura como vice, o PTB afirmou que ele é um “padre ortodoxo cristão e conservador”, líder do Movimento Cristão Conservador do PTB e do Movimento Cristão Conservador Latino Americano.

O partido diz que Kelmon “sempre se dedicou à igreja e ao combate político do avanço da esquerda cristofóbica no país”. No programa de governo, ele reafirma o compromisso religioso, ao propor a “criminalização da cristofobia” e a “proibição da legalização, do plantio, cultivo e venda da maconha no país”. Segundo o PTB, Kelmon atua ativamente contra a legalização do direito ao aborto desde as eleições de 2010.

O candidato se aproximou de Roberto Jefferson em 2020, ao recebê-lo em missão ortodoxa na Bahia, e foi a convite dele que assumiu o Movimento Cristão Conservador e, neste ano, entrou na chapa do partido. Kelmon declarou um patrimônio de R$ 8.548,13 à Justiça Eleitoral.

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