O Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e Dia de Tereza de Benguela foi celebrado no palco principal da São Leopoldo Fest, ontem (23), numa promoção da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SEDHU), Departamento de Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Educação (SMED) , Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR) e Conselho Municipal de Povos Tradicionais de Matriz Africana (Compotma). O dia 25 de Julho foi instituído como Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e incluído no calendário oficial do município pela lei 9.389/ 2021, proposta pela secretária Nadir de Jesus, quando ocupou uma cadeira no Legislativo municipal.
A secretária Nadir Maria de Jesus destacou a importância da celebração dentro da programação da São Leopoldo Fest para valorizar a história dos negros, sem tirar o protagonismo da imigração alemã. “Já estávamos aqui há mais de 50 anos, quando chegaram os imigrantes alemães, por isso é justo que nossa história seja contada e respeitada. Estamos aqui para que a cidade seja para todos, para reforçar Tereza de Benguela e o reconhecimento por tudo que fizemos até aqui”, afirmou.
O presidente do Compotma, pai Rodrigo de Azevedo, saudou os participantes e ressaltou que os povos de matriz africana vieram pedir paz, na vida social, na política e de modo geral. Ele destacou que foi uma tarde para celebrar o espaço que vem sendo conquistado na sociedade.
Participaram do desfile afro, várias mulheres que atuam em diferentes áreas da sociedade, entre elas professoras, trabalhadoras da sociedade civil e de órgãos governamentais. “Esta é uma homenagem para as mulheres ancestrais que nos inspiram a traçar um caminho através dos seus bons exemplos”, destacou a chefe do Departamento de Igualdade Racial e vice-presidente do Compotma, Adriângela Cabral. Entre as homenageadas estava a professora da rede municipal, Graziela Oliveira. Emocionada com o ato, ela reforçou que a contribuição do povo negro na construção da cidade. “Vermos a São Leopoldo Fest que celebra a imigração alemã reunir as diferentes culturas é muita emoção: extremamente representada e pertencente a comunidades que muitas vezes não se sente ou não se sentia acolhida”, afirmou.
