Após prestar depoimento, suspeito de matar colega de trabalho ficará detido temporariamente por 30 dias

9 de junho de 2022 - 18:35
Por Sônia Bettinelli e Juliano Palinha

O homem de 56 anos, suspeito de ter esfaqueado o colega Marcelo Camillo, 36 anos, segunda-feira, 6, ficará detido temporariamente por 30 dias  na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), de São Leopoldo, até aparecer vaga no sistema prisional. Segundo o delegado André Serrao , no depoimento, o suspeito disse que o crime teria sido motivado por discussão entre os dois, por conta de brincadeiras. O suspeito vai responder por homicídio doloso.

O suspeito será levado direto da DP de Homicídios para a DPPA. Conforme o jornalista Juliano Palinha, que está na DP, familiares chegaram ao local com roupas.

“Aconteceu uma tragédia entre dois trabalhadores”

Responsável pela defesa do suspeito, o advogado Cézar Mossini definiu o fato “como uma tragédia entre dois trabalhadores, dois pais de família”, disse na saída da DP de Homicídios.

Conforme o advogado, o desentendimento será mais  “clareado” em breve. “Uma violenta emoção por parte do outro (vítima) que se debruçou sobre ele (seu cliente). Ele se defendeu, mais acidente que legítima defesa”, disse Mossini acrescentando que não havia nenhuma intenção. “Ele é inocente”, destacou dizendo que o material usado contra a vítima, era de uso diário no trabalho e que ele (suspeito) não era supervisor da vítima.

Responsável pela investigação, o delegado André Serrao, disse que seguirá ouvindo testemunhas para identificar a linha e a motivação do crime. “O autor disse que tinha boa relação com a vítima e brincadeiras mal interpretadas teria gerado a discussão com o desfecho crime. Ele (autor)negou que houvesse proibição em relação ao café. Agora vamos seguir as investigações e ouvindo testemunhas para ver se elas corroboram com o que disse o autor”, destacou o delegado André.

“Ele disse ter ficado desnorteado e só percebeu que havia atingido a vítima ao perceber sangue nas mãos e na faca. Disse que foi ao banheiro, lavou as mãos, jogou a faca na bancada e saiu caminhando. Que estava em outra localidade temendo algum tipo de represália”, destacou o delegado acrescentando que o autor não exercia função de supervisão, que não houve proibição de café a mando da empresa.

 

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