Mensalmente a Patrulha Maria da Penha de São Leopoldo atende 90 medidas protetivas, médias de três por dia. “Estamos falando de vítimas que recebem a medida protetiva, ou seja, não estamos contabilizando os atendimentos que ficam só como registro, quando a vítima não dá continuidade até a medida”, explicou o soldado Cristiano Chaves de Freitas, no Berlinda News Entrevista de hoje (14), junto com a soldado Andreia Oliveira Bastião, patrulheiros da Maria da Penha. São duas patrulhas Maria da Penha no 25° BPM para atendimento em São Leopoldo, Portão e Capela de Santana.
O trabalho dos patrulheiros começa após a ocorrência. “As pessoas devem ligar sempre para o 190 e quem estiver mais próximo fará o atendimento, inclusive nós mesmos. Nossa função é dar o apoio e proteção para a vítima, sem qualquer julgamento. Não interessa se é a primeira ou segunda vez que a vítima solicita ajuda. Sempre que formos acionados estaremos lá. A violência doméstica é um ciclo complexo que muitas vezes a família não entende. Por exemplo, se a vítima voltar para o relacionamento, após uma agressão, a família decide “largar” julgando que ela fará tudo novamente. Para nós, isso não tem qualquer importância. Se a vítima chamar 10 vezes iremos lá sem questionar”, diz a soldado Andreia.
Só o espaço físico
Conforme os patrulheiros, em muitos casos a diferença entre a violência em uma classe menos favorecida em relação à classe média alta é o espaço físico. “Na classe média alta, por exemplo, a violência física, psicológica, sexual ocorre num andar da casa, entre quatro paredes e os filhos não percebem. Já quando a violência ocorre em uma casa de um único cômodo todo mundo enxerga”, destaca o soldado Cristiano.
Pizza de calabresa
O caminho para pedir socorro é o 190, o número específico da Maria da Penha, 51 984135687, ou códigos como a máscara roxa em farmácias, x na mão ou pedido de pizza ao 190. “No início do ano, ao meio-dia, uma mulher ligou para o 190 e pediu pizza de calabresa sem borda. Inicialmente o policial disse que não era pizzaria, mas com a insistência da mulher ele identificou o pedido de socorro. O agressor foi preso no local”, conta Cristiano.
Atendimento nas empresas
Na sexta-feira, uma mulher de 49 anos (com medida protetiva ) foi morta pelo ex-companheiro dentro de uma empresa em Esteio. Eram colegas de trabalho, mas em turnos diferentes. A Patrulha Maria da Penha de SL atende mulheres com medida protetiva em locais de trabalho.
“Ligamos antes e pedimos se podemos ir na empresa para o acompanhamento da medida ou se prefere em outro local. Algumas mulheres permitem e as empresas sempre mudam turnos quando vítima e agressor trabalham no mesmo local”, explica Cristiano.
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Infelizmente com juízes que temos em sao leopoldo viramos mais uma estatística na violência doméstica preferem deixar solto do que prender
Infelizmente no país da impunidade que é o nosso, a medida protetiva é apenas um papel sem importância nenhuma!! E sinceramente, nunca vi papel salvar a vida de ninguém!!! Quantas mulheres já morreram com essa medida protetiva dentro da bolsa???