A quantidade de jovens entre 16 e 17 anos que já tirou o título de eleitor para participar do pleito deste ano é a menor desde que essa população ganhou o direito de votar, com a promulgação da Constituição de 1988. Segundo números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), até janeiro, somente 730.693 adolescentes estavam aptos a votar.
Na comparação com as eleições de 2020, o número caiu 26%. Naquele ano, de acordo com o Tribunal, 992.513 pessoas de 16 ou 17 anos puderam votar. Já em relação às últimas eleições gerais, de 2018, a queda é ainda maior, de 47%. Há quatro anos, 1.400.613 adolescentes estavam autorizados a ir às urnas. Na comparação com os dados mais antigos disponibilizados pelo TSE, de 1992, esse número caiu 77%.
O cadastro eleitoral para o pleito deste ano vai até 4 de maio. Até lá, os adolescentes que queiram votar podem procurar o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) mais próximo da sua residência para tirar o título. Jovens de 15 anos que completarão 16 anos até o 2 de outubro de 2022, data do primeiro turno das próximas eleições gerais, também podem fazer o documento.
O voto dos adolescentes é facultativo. A chegada de alguns deles à vida adulta é apontada como um dos motivos para a redução dos números em relação a 2020, mas é provável que a maioria ainda não tenha ido aos TREs por não estarem interessados com a política nacional, na avaliação de especialistas.