O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo de Oliveira Lula, divulgou uma carta nesta sexta-feira (24) em que afirma que os estados não vão exigir pedido médico para a vacinação de crianças.
Na quinta (23), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, afirmou que o ministério recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais
A consulta pública está prevista para ficar aberta até 2 de janeiro. Especialistas afirmam que essa etapa é inédita no processo e que vai atrasar ainda mais a imunização infantil.
Antes de abrir a consulta, diretores do ministério se reuniram com opositores da vacinação infantil. O presidente Jair Bolsonaro também já manifestou diversas vezes contra a vacinação.
“Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos. E é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá e vocês estarão protegidos”, diz a carta assinada pelo presidente do Conass.
Embate
Desde o sinal verde da Anvisa, o ministro Queiroga afirmou diversas vezes que a autorização da agência não é suficiente para iniciar a vacinação.
Na segunda (20), ele disse que a “pressa é inimiga da perfeição” e que o ministério só teria uma posição sobre o tema em 5 de janeiro. Queiroga também afirmou que só tinha recebido “um documento de três páginas” da agência e ainda esperava documentos com dossiê completo.