O comportamento alimentar é formado desde a gestação até aproximadamente os três anos de vida, ou seja, todos os alimentos que a mãe consumir durante a gravidez e na fase de amamentação estão contribuindo para a formação do comportamento alimentar. Após o nascimento, a alimentação vai depender do que é ofertado para a criança e assim será desenvolvido o comportamento alimentar de cada indivíduo, consequentemente refletindo na vida adulta. Os alimentos são fontes de energia para todo corpo e escolhas não tão nutritivas nestas fases podem causar diversos desequilíbrios no indivíduo.
A nutricionista Bruna Minosso, das Clínicas Valiere, alerta que é muito importante a rede de apoio na fase infanto-juvenil de cada indivíduo com orientações e exemplos na rotina alimentar e, se possível, buscar ajuda de um profissional nutricionista para um acompanhamento adequado conforme cada necessidade. “Os hábitos construídos na infância e adolescência irão impactar na vida adulta de cada indivíduo positiva ou negativamente. Não deixe para iniciar um hábito nutritivo amanhã, comece hoje!”
A adolescência é uma fase de mudanças e diversas transformações corporais, hormonais e mentais, por isso, os hábitos alimentares devem receber atenção especial. A alimentação deve ser equilibrada, composta por alimentos fontes de energia, proteína, vitaminas e minerais. Evitar alimentos industrializados e embutidos, dar preferência para alimentos in natura, quanto mais alimentos coloridos nas refeições mais ela será nutritiva. A alimentação saudável é construída por meio de diversas escolhas, opte por desembalar menos e descascar mais.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (IBGE), a obesidade atinge 7,8% dos adolescentes nas escolas com idade entre 13 e 17 anos. O problema é mais acentuado entre os meninos (8,3%) do que entre as meninas (7,3%). Os dados do Ministério da Saúde ainda mostram que a Região Sul tem a maior porcentagem de adolescentes ingerindo hamburgueres, embutidos, macarrão instantâneo, salgadinhos e biscoitos, acima de 50%. Todavia, nas crianças a morbidade não é frequente, já os adolescentes começam a apresentar diversos fatores de risco, como dislipidemias, hipertensão e aumento da resistência insulínica.
É alarmante quando os dados analisados do Ministério da Saúde mostram, por exemplo, que um jovem de 19 anos com quadro de obesidade tem 89% de chance de ser obeso aos 35 anos.