Duas pessoas foram presas hoje (26) em São Leopoldo suspeitas de aplicar o “golpe da casa”, com vítimas confirmadas em Esteio, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Novo Hamburgo. O prejuízo para as vítimas chega a R$ 600 mil. Interessados eram atraídos pelas redes sociais e preços abaixo do mercado imobiliário. Também foram presas pessoas em Navirai, Mato Grosso do Sul, Esteio e Canoas.
A operação Golpe da Venda da Casa foi coordenada pela delegada Luciane Bertoletti, da DP de Esteio, com apoio de policiais de Navirai, Mato Grosso do Sul. Foram cumpridos quatro (4) mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados em São Leopoldo e Uruguaiana.
O GOLPE
Conforme a delegada, o “golpe da casa” começa com anúncio de venda de um imóvel nas redes sociais, muito abaixo do valor de mercado. Os golpistas utilizam sites renomados e destinados a compra e venda imóveis, a fim de não levantar qualquer suspeita;
Conversa via whatsapp
A vítima interessada faz contato com os extorsionários que a direcionam para uma conversa individual via whats app. Em seguida é feito o convite e definida uma data para visitação e vistoria no imóvel;
Tabelionato/Reconhecimento de firma
Após a negociação e o acerto do valor da entrada, com o pagamento do sinal, a vítima é levada ao Tabelionato para os trâmites burocráticos, contudo é apenas realizado um simples reconhecimento de firma das assinaturas;
Ameaça e constrangimento
Passado o período acordado para entrega do imóvel e imissão na posse, a vítima ,que já pagou parte significativa do valor da compra, em torno de 70%, é ameaçada e constrangida pelo whatsapp, pelo criminoso que informa ser o real proprietário do bem e alegando que a venda foi feita por sua ex companheira, sem o seu consentimento. O criminoso passa a amedrontar a vítima, ameaçando-a de morte e de colocar fogo no bem, caso se aproxime da casa.
Presidiário
O criminoso diz à vítima que é presidiário e ligado à facções, com todo os meios a sua disposição para que o negócio não se concretize.
Nove vítimas e R$ 600 mil
“A investigação apurou, ao menos, 9 vítimas do esquema e que o valor subtraído pode chegar a R$ 600,000,00 mil reais”, explica a delegada.
Delegado alerta
Diretor da 2ªDPRM, o delegado Mario Souza, acredita que o número de vítimas seja maior. “Quando forem adquirir um imóvel, procurem instituições com alguma credibilidade e desconfiarem quando o preço for muito abaixo daquele praticado no mercado”, alerta,
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