POR EVERTON CIDADE: No Café Mário

12 de novembro de 2021 - 07:50
Por Everton Luiz Cidade

Eu sento no Café Mário

Com caderninhos de rabiscos

Duas doses de vodka

E toda melancolia que cabia

Em meu peito de colibri

Eu te vi. Tu não me viu.

Eu usava uma touca

De invisibilidade

Ah, com vodka, toda dor é pouca.

Penso em Syd Barret

Penso em Arnaldo Baptista

Ambos artistas plásticos

Ambos tristes místicos

Vou pra casa. Passando

Sônambulo pelo triângulo.

 

 

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