Eu sento no Café Mário
Com caderninhos de rabiscos
Duas doses de vodka
E toda melancolia que cabia
Em meu peito de colibri
Eu te vi. Tu não me viu.
Eu usava uma touca
De invisibilidade
Ah, com vodka, toda dor é pouca.
Penso em Syd Barret
Penso em Arnaldo Baptista
Ambos artistas plásticos
Ambos tristes místicos
Vou pra casa. Passando
Sônambulo pelo triângulo.