Cantos, passos de dança, toques de tambor, a presença em forma de música. Professores da rede municipal de São Leopoldo e da Escola Municipal de Artes Pequeno Príncipe participaram de uma atividade com tambores, na quinta-feira, 11 de novembro, com o músico gaúcho Kako Xavier. A oficina “Sopapo: o tambor gaúcho” propôs vivências de entoação do cancioneiro afro-gaúcho e a construção dos tambores ancestrais. O encontro, presencial, ocorreu na EMEF Rui Barbosa.
Integrante do grupo Tamborada, de Pelotas, Kako dedica a carreira para propor um novo olhar sobre a Etnia Negra Brasileira. “Quero que a música negra seja vista como parte da cultura do Rio Grande do Sul assim como a recuperação da história dos tambores”, explica. O músico entende que compartilhar essas informações com professores contribui para ações pró diversidade e que combatam, dentro do ambiente escolar, o racismo e o bullying.
A atividade também envolveu integrantes do Grupo de Pesquisa Escuta Poética e Piá: concertos e oficinas (FACED/UFRGS), coordenado pela professora universitária Dulcimarta Lemos Lino. “Falando em música na escola, a música é presença, somos música em estado de encontro”, disse a professora ao ressaltar que a pandemia só permitia os encontros virtuais entre os professores. A oficina “Sopapo: o tambor gaúcho” também é uma realização do SESC.
Saiba mais
A oficina compõe as ações do Projeto Barulhar, uma parceria entre a FACED/UFRGS, por meio do Grupo de Pesquisa Escuta Poética e do projeto de extensão Piá: Concertos e oficinas, e Secretaria Municipal de Educação de São Leopoldo. Em 2020, o projeto promoveu a formação continuada em educação musical para 411 professores da rede municipal, em plataforma online. Atualmente, o projeto atende aproximadamente 180 crianças da educação infantil da EMEF Rui Barbosa, na EMA Pequeno Príncipe, além de oferecer formação continuada mensal para professores da rede, através do curso “Música na Escola”.
