São Leopoldo já tem a nova corte da Mais Bela Negra. A soberana é Gabriela da Silva com Evelyn Bittencourt, como 1ª princesa, e Camile Villanova, como 2ª. Ainda foi apresentada a corte infantil eleita pelo voto popular, com Isabely Peguerino como a Mais Bela Negra Erê, acompanhada da 1ª Princesa, Mariana Magalhães Vargas, da 2ª Princesa, Julia da Rosa, e a Mais Bela Erê Destaque, Milena Pechoto.
Além do concurso em si, o evento que ocorreu na noite de sábado no Teatro Municipal, apresentou uma série de atrações culturais, envolvendo dança e música, dentro da temática do orgulho negro e de manifestações por igualdade racial. A organização do evento também homenageou as 11 mulheres negras leopoldenses que inspiram, entre elas, a vereadora Nadir de Jesus, primeira vereadora negra eleita em São Leopoldo.
Entre as autoridades, estavam presentes o vice-prefeito de São Leopoldo e diretor-geral do Semae, Ary Moura, e a presidenta da Câmara Municipal, Ana Afonso. Ary Moura recebeu, inclusive, uma homenagem por ser uma figura pública que sempre apoiou o movimento negro de São Leopoldo, reconhecido pela comunidade como um ativista em prol da igualdade racial e da valorização da cultura e da história do povo negro no município.
“Foi uma festa linda, muito além de um concurso de beleza. O evento promoveu a aceitação e o orgulho das raízes africanas. Fiquei muito feliz também com a homenagem que recebi por estar sempre ao lado dos ativistas culturais e do movimento negro em nossa cidade”, comentou Ary Moura, destacando ainda que “São Leopoldo é uma cidade cosmopolita. É papel do governo municipal reconhecer e, principalmente, respeitar a história e a cultura de todos os povos que fundaram essa região: índios, negros, portugueses e alemães”.
A nova corte do Mais Bela Negra estará presente, ao longo do próximo ano, nas festividades do município, além de ações sociais. César Senna, um dos coordenadores do Grupo Abayomi, lembra que o concurso foi criado para exaltar a beleza da mulher negra, e afirmar entre as jovens e as crianças o orgulho das suas origens, assim como a aceitação da cor da pele e do cabelo.