Na manhã desta quinta-feira (23), três hospitais da região fizeram manifestação contra o Programa Assistir proposto pelo governo do Estado. Em São Leopoldo, mais uma vez o Hospital Centenário recebeu um abraço simbólico dos funcionários, diretores, integrantes do poder público, vereadores e pessoas da comunidade, contra o projeto. No Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul, e São Camilo, em Esteio, o ato também se repediu.
Para o governo do Estado o Programa Assistir equilibra o repasse dos R$ 810 milhões de recursos estaduais às instituições hospitalares vinculadas ao SUS. Para os prefeitos e gestores da saúde da região, o resultado não será assim e muitos hospitais,principalmente nos três da região, que terão redução que irá impactar na prestação dos serviços às populações. “Esse programa terá um impacto negativo em todos os sentidos e será em curto prazo”, alertou a presidente do Centenário Lilian Silva.
A presidente chama atenção para o que significa na prática. “Vamos perder R$ 165 mil/mês, mas vou continuar com os mesmos atendimentos, mesmas complexidades. Fará uma diferença enorme na prestação de serviços. Será um impacto financeiro que fará com que a gente repense as especialidades. Redistribui os recursos, mas não os pacientes. A ideia central é chamar o Estado para rediscutir a distribuição e não o programa Assistir. O Estado está preparado para atender as pessoas Sapucaia e Esteio deixarão de atender?”, questionou Lilian.
ESTEIO
Para a secretária Municipal de Saúde de Esteio, Ana Boll, faltou o diálogo com os municípios e hospitais e cita por exemplo que o São Camilo terá uma redução de R$ 300 mil/mês. “O estado está rompendo uma prática de mais de 30 anos de diálogo entre os entes federados(municípios e estado). Foram os próprios municípios que em 2019 pediram essa revisão, por tanto, no mérito temos acordo, mas não no método. A transparência se dá no debate prévio e não em Decreto Estadual”, critica Ana Boll acrescentando que o orçamento de 2021 está posto com o valor anterior ao programa Assistir.