O polêmico Programa Assistir que acende a luz vermelha na prestação de serviços nos hospitais de São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Esteio

17 de agosto de 2021 - 12:32
Por Sônia Bettinelli

Para o governo do Estado o Programa Assistir vai equilibrar o repasse dos R$ 810 milhões de recursos estaduais às instituições hospitalares vinculadas ao SUS. Para os prefeitos e gestores da saúde da região, o resultado não será assim e muitos hospitais, como o São Camilo de Esteio, Getúlio Vargas de Sapucaia do Sul, e o Centenário de São Leopoldo, terão redução que irá impactar na prestação dos serviços às populações. A preocupação e polêmica entre as partes foram tema do Berlinda News Entrevista de hoje (17).

 

Para a  diretora do Departamento de Atenção Hospitalar e Ambulatorial (DAHA) da Secretaria da Saúde (SES), Lisiane Fagundes, o novo método foi estudado para que a população seja atendida. “A implantação do programa Assistir será gradativa em 10 meses, tanto na redução como para quem passará a receber mais. Isso para que os hospitais adequem  seu processo de gestão junto com Estado e pensem  quais  outros serviços  consigam agregar para recompor o orçamento”, disse Lisiane acrescentando que o debate se deu ao longo de 26 meses.

 

Sem diálogo

Para a secretária Municipal de Saúde de Esteio, Ana Boll, faltou o diálogo com os municípios e hospitais e cita por exemplo que o São Camilo terá uma redução de R$ 300 mil/mês. “O estado está rompendo uma prática de mais de 30 anos de diálogo entre os entes federados(municípios e estado). Foram os próprios municípios que em 2019 pediram essa revisão, por tanto, no mérito temos acordo, mas não no método. A transparência se dá no debate prévio e não em Decreto Estadual”, critica Ana Boll acrescentando que o orçamento de 2021 está posto com o valor anterior ao programa Assistir.

 

Discorda do método

Presidente da Fundação Hospital Centenário, de São Leopoldo, Lilian Silva, chama atenção para o que significa na prática. “Vou perder R$ 165 mil/mês, mas vou continuar com os mesmos atendimentos, mesmas complexidades. Fará uma diferença enorme na prestação de serviços. Será um impacto financeiro que fará com que a gente repense as especialidades. Redistribui os recursos, mas não os pacientes. A ideia central é chamar o Estado para rediscutir a distribuição e não o programa  Assistir. O Estado está preparado para atender as pessoas Sapucaia e Esteio deixarão de atender?”, questiona Lilian.

 

Prefeitos no Berlinda News

O assunto terá continuidade amanhã com a presença dos prefeitos no Berlinda News Entrevista de amanhã, quarta-feira, 18.

Confira a entrevista na íntegra

 

Notícia anterior
Próxima notícia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Escute a rádio ao vivo