Orpheu confirma venda da sede Campestre para pagar dívida e Ginástica calcula prejuízo de R$ 600 mil na pandemia

21 de julho de 2021 - 13:47
Por Isabella Belli

A pandemia trouxe instabilidade financeira para praticamente todos os setores e os clubes e entidades sociais não ficaram de fora, infelizmente.

No programa Berlinda News Entrevista dessa quarta-feira (21) os presidentes da Sociedade Ginástica, Leandro Padilha, e da Sociedade Orpheu, José Roberto Kfouri, falaram sobre as dificuldades que vêm passando nos últimos meses.

De acordo com Kfouri, para poder pagar um dívida antiga que já tinha se tornado uma bola de neve, foi preciso se desfazer de uma das sedes. A Campestre, conhecida pela área verde, com quadras de tênis e o lago foi vendida a um grupo de São Paulo, deixando assim, de pertencer a Sociedade Orpheu.

A sociedade hoje não deve mais nada a ninguém, mas a Campestre não é mais nossa, pois tivemos que negociar para limpar o nome do Orpheu. Foi através do conselho do clube que aprovou a negociação. Lá já estava um pouco abandonado e ninguém mais usava”, afirmou Kfouri.

Agora, os sete hectares de área deverão ser usados para a construção de um condomínio horizontal.

 

Leandro Padilha e José Kfouri

Ginástica perdeu R$ 600 mil durante a pandemia

Enquanto isso, o Orpheu segue com as outras duas sedes: a social e as piscinas, todas no Centro de São Leopoldo.

Segundo Padilha, a Sociedade Ginástica está fechada por conta da pandemia desde março do ano passado e durante este período deixou de arrecadar cerca de R$ 600 mil, prejuízo trazido pela falta de locações como bailes e eventos..

É um dinheiro que nunca mais vamos ver. Também queremos negociar porque não tem mais razão para ter duas sedes e o poder público não ajuda de nenhuma forma”, afirmou ele que completou: “As entidades sempre foram formadoras de famílias, então está na hora do poder público olhar por elas. Podemos fazer parceria até para atividades no contra turno escolar, por exemplo.”

Atualmente, o clube possui uma dívida de R$ 1,2 milhão em IPTU e para a Receita Federal, e a última vez que a sede social foi pintada foi em 1996. “Até agora não tivemos condições de fazer uma nova pintura. Ou pintava ou pagava as contas.”

Com as flexibilizações autorizadas pelo governo, Padilha diz que poucas atividades puderam ser retomadas, o que ainda não ajuda por completo o clube.

Com a melhora pandemia, conseguimos a liberação para algumas atividades bem restritas. Então retornamos com a ginástica artística com número reduzido de crianças, retornamos com a Corpus, aos poucos estamos colocando essa parte esportiva em funcionamento”, contou.

A Sociedade Ginástica possui atualmente 400 sócios pagantes.

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