Os aparelhos que estariam sendo usados para fins ilícitos nas casas prisionais terão outra finalidade. Esses celulares apreendidos por agentes da Susepe dentro das casas prisionais do Vale do Rio Pardo foram entregues, na última sexta-feira (28), a estudantes de escolas públicas da região.
A ação é fruto de um trabalho em conjunto realizado entre a Susepe, o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Polícia Civil e a SMEC. Por meio do projeto Alquimia II, o objetivo é ajudar estudantes em situação de vulnerabilidade, principalmente neste momento de pandemia, em que o acesso à internet é necessário para a viabilização das aulas.
Um destino diferente
Os aparelhos são apreendidos nas casas prisionais, através de revistas diárias de rotina, e podem contribuir na educação de alunos da rede pública da Região. “Certamente é uma grande oportunidade de retorno à sociedade. O trabalho dos agentes dentro das unidades prisionais é muito importante, apreendendo materiais de uso não permitido, dentre eles aparelhos de telefone celular, decorrentes de arremessos da área externa para o interior dos presídios. E através desse projeto, os aparelhos podem retornar de forma lícita para o uso dos alunos para realização de suas atividades”, destacou a Delegada Penitenciária da 8ª Região, Samantha Longo.
Até chegarem à mão dos alunos, os aparelhos passam por diversas etapas. No momento em que são apreendidos nas casas prisionais, tornam-se provas para investigação e, na sequência, através do projeto “Transforme”, são encaminhados ao Ministério Público, que realiza uma triagem e destina os celulares para instituições parceiras, a fim de serem restaurados. Após o processo de restauração, os telefones voltam para o Ministério Público, que planeja, com a SMEC, a entrega dos aparelhos para os estudantes.