Lista de prédios tombados e plano diretor de São Leopoldo em pauta no Berlinda em Focco desta quarta-feira

No programa Berlinda em Focco desta quarta-feira (26) o assunto foi lista de prédio tombados e o novo plano diretor em São Leopoldo. Para tratar do assunto o jornalista Juliano Palinha e os participantes Sérgio Dienstmann, da Percon Contabilidade, e Eduardo Werneck, presidente do Observatório Social Leopoldenses, conversaram com o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale dos Sinos, José Luiz Garcias.

Garcias, que é Engenheiro Civil e também servidor público, explicou a atuação da AEA Sinos no município e a participação da entidade em alguns conselhos. Alertou sobre a importância de novos projetos no patrimônio histórico, revelou que através de uma arquiteta foi realizado um inventário da cidade e elogiou a revisão no novo plano diretor que teve a participação da sociedade. “Precisamos ressaltar a revisão do plano diretor. Foi realizado ainda no governo Moacir (ex-prefeito Aníbal Moacir) e teve a participação praticamente de toda sociedade. Não se gastou e não se contratou ninguém de fora, mas nesta revisão tivemos várias ideias para o município, como por exemplo a Rua Praia. Um local belíssimo com encontro ao Rio”, destacou.

O presidente alertou sobre a importância de um profissional da área da arquitetura e engenharia na hora da compra de um imóvel, para não correr o risco do mesmo ser patrimônio histórico ou ter limitações no momento da reforma. Garcias contou histórias de obras como a Avenida Imperatriz e o loteamento Santos Dumont nos anos 80 e 90.

Outro assunto bastante debatido foi os patrimônios tombados, que segundo Garcias, havia uma lista de mais de 2 mil imóvel tombados em São Leopoldo e não havia transparência na publicidade. “No final do governo Moacir, nos últimos 5 meses, tive a oportunidade de assumir a Secretaria de Gestão e Governo, depois de dois meses atuando caiu do céu esse projeto que envolvia a lista dos prédios tombados, só que esse projeto não venho para nós, foi direto para o Ministério Público. Isso até causou surpresa, mas havia uma lista com mais de 2 mil imóveis tombados. Na verdade ninguém quer que o prédio seja tombado porque envolve questão financeiras. Ai mudou governo e se conseguiu diminuir essa lista. Nossa critica como presidente da Associação é que não há publicidade aos prédios”, alertou. Garcias diz que a lista está na Lei 9.296 do município, mas pouca gente sabe.

O presidente ressaltou ainda que os mais de 150 profissionais vinculados a Associação, que completou 42 anos, estão aberta ao diálogo para auxiliar o poder público em qualquer mudança urbana. “É importante o diálogo e o envolvimento de todos. Nós estamos a disposição para contribuir”, lembrou.

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