Responsável por uma pesquisa sobre espécies de orquídeas, o biólogo Delio Endres Júnior, encontrou no Parque Natural Municipal Imperatriz Leopoldina. em São Leopoldo, attleya intermedia Graham, uma das 38 espécies de orquídeas ameaçadas de extinção no RS. Endres coletou sementes desta espécie e desenvolveu mudas em laboratório. Agora em uma parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), através do Jardim Botânico do Parque Imperatriz, será desenvolvido um projeto para reinserção dessa espécie de orquídeas em unidade de conservação de São Leopoldo.
Conforme o chefe do Jardim Botânico, Eduardo Rossetto, a manutenção dessas espécies dentro do seu ecossistema natural é de grande importância, pois as orquídeas são grandes indicadores da qualidade ambiental. “As orquídeas são comumente coletadas pelas pessoas e isso causa danos irreversíveis, pois no caso da Cattleya intermedia Graham seu desenvolvimento é bem lento”, explicou Endres.
Como o professor Endres obteve um êxito significativo em sua pesquisa, ele conseguiu produzir em laboratório diversas mudas. Agora nossa ideia é reintroduzir essa espécie na Base Ecológica do Rio Velho, no Parque Rua da Praia e no próprio Parque Imperatriz. A ideia é que isso sirva como um exemplo de ação de educação ambiental e como forma de embelezar nossas unidades de conservação”, afirmou.
O biólogo Delio Endres Júnior, explica que o projeto nasceu no Laboratório de Biotecnologia Vegetal da Feevale e destaca que o projeto é de grande importância para a preservação desta espécie de orquídea. “São Leopoldo está inserida dentro da área de ocorrência da Cattleya intermedia Graham e possui ambientes que podem receber as mudas. Estes projetos são raros, principalmente no Brasil, e o seu desenvolvimento por si só já traz uma satisfação imensa em saber que estamos fazendo algo importante para o nosso planeta”, esclarece Delio.
