“Eles erraram e fizeram uma proposta por pressão política”, diz Vanazzi sobre projeto do IPTU da bancada governista

14 de abril de 2021 - 16:05
Por Sônia Bettinelli

Na avaliação do prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), sua bancada governista  errou ao apresentar e aprovar  matéria que muda o índice de reajuste do IPTU para 2022. No Berlinda News Entrevista de hoje (14) Vanazzi literalmente lavou a roupa suja e pela irritação, os governistas foram seriamente advertidos e criticados. Em outras palavras, para o prefeito seus vereadores foram fracos, deveriam ter matado no peito rejeitando a matéria da oposição. “Eles erraram e fizeram uma proposta por pressão política. Não se muda índice. O IGP-M é compensatório e no ano que vem será uma tragédia para a população”, alerta.

25 mil famílias não pagam

“Minha tese é quem ganha mais, paga mais e quem ganha menos, paga menos”, disse Vanazzi ao informar que 25 mil famílias não pagam IPTU em São Leopoldo por conta da isenção e tarifa social. “Pode ser que um ou outro reclame, mas quem mais reclama é quem tem prédio de R$ 1 milhão ou terreno de R$ 500 mil”.

Deixaram virar polêmica

Lembrando que o tema do IPTU começou em dezembro de 2020 quando a oposição começou com abaixo assinado para que o prefeito voltasse atrás. Virou projeto com substitutivos até chegar na CCJ e plenário. Uma das interpretações é que o movimento da oposição não recebeu a atenção devida pelos governistas. O IPTU 2021 de São Leopoldo teve reajuste de 20,92% pelo IGP-M.

Votos suficientes

A irritação do prefeito Vanazzi é em relação ao desfecho da polêmica da mudança de índice do IPTU. Temerosa que a oposição (Falcão/Gabriel Dias) conseguisse votos suficientes para aprovar troca do IGP-M pelo INPC retroativo a janeiro de 2021, os governistas apresentaram a proposta de média entre IGP-M, INPC e IPCA  para 2022.

Politicagem

Sobre o projeto da oposição, Vanazzi classificou como politicagem e falta de seriedade com o Município e com a população.

Consequências

O assunto seguirá nos bastidores do governo municipal, especialmente no sétimo andar. Ao receber a suplente de vereadora do PDT, Sara Gall, ontem, Vanazzi mandou um recado principalmente para o vereador Adão Rambor (PDT) que votou favorável à inclusão da matéria da oposição há duas semanas. Foi tenso porque a presidente da Casa Ana Affonso (PT) precisou votar para que o governo não fosse derrotado. Adão Rambor está em licença saúde desde a última quinta-feira.

Aprova tudo

O vereador Lemos (PSB) contribuiu para o empate e na votação final  foi favorável à matéria da oposição, mas também votou favorável à matéria da bancada. Se sete (7) vereadores adotassem a mesma estratégia, a cidade teria duas matérias aprovadas sobre o mesmo assunto.

 

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