Nesta segunda-feira (29), São Leopoldo deu início à vacinação dos idosos com idade igual ou acima dos 70 anos. A novidade é que, a partir desta etapa, a campanha passou a contar com cinco pontos de vacinação decentralizados. São Leopoldo chegou assim a maior número de imunizações em um único dia: 1426 doses aplicadas. No total, a soma chega a 21.756 doses, entre primeira e segunda dose das vacinas. Amanhã, a idade abrange a faixa etária partir dos 69 anos.
Além da aplicação das doses realizadas no drive trhu do Largo Rui Porto, para idosos que vão de carro, na antiga sede da Unisinos e da Unidade Móvel, a imunização contra a covid-19 ganhou o reforço de quatro escolas: Álvaro Nunes, Paul Harris, Castro Alves e Emílio Meyer e também da Associação Meninos e Meninas de Progresso (Ammep).
A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria da Saúde (Semsad) e a Secretaria de Educação (Smed). “A ideia foi decentralizar a vacina, pegando os bairros principais, um em cada ponto da cidade para colocar a vacinação mais próxima da população. A parceria amplia os pontos, em espaços mais amplos, com pátio e é uma forma de não levar a vacinação para dentro das Unidades de Saúde, que são locais apertados e não teriam condições de receber todas as pessoas”, explicou coordenadora de imunizações Karen Carvalho.
Escola Emílio Meyer
Na Emef Emílio Meyer, pela manhã, a fila já contava com dezenas de pessoas antes mesmo dos portões abrirem. A aspoentada Arminda Nunes da Silva, de 71 anos, residente do bairro Campestre, levou até uma cadeira para aguardar e foi uma das primeiras idosas a receber a dose. “Quando cheguei aqui os portões nem tinham aberto ainda, cheguei cedo para garantir minha imunização. Fiquei sabendo através dos meus familiares e meu genro me trouxe. Há um tempo tive contato com um familiar que havia testado positivo, mas meu teste deu negativo, a gente fica com medo, por isso é um alívio estar aqui sendo vacinada”, destacou.
Quem também chegou cedo para a vacinação foi Cecília Vieira da Silva, de 70 anos, que comentou sobre a facilidade no acesso ao local de vacinação e mais agilidade. “Cheguei antes das 8h, sou moradora do bairro São Geraldo, aqui perto. Achei a iniciativa, das vacinas nas escolas, muito boa e de mais fácil acesso porque não é preciso ir até o centro, eu que dependo de ônibus ia ter que sair mais cedo ainda de casa, iria demorar um pouco mais”, salientou.
Vila Brás e Vicentina
Os moradores do bairro Santos Dumont buscaram a sede da Associação Meninos e Meninas de Progresso (Ammep). Foi o caso da dona Zaneida de Oliveira, 70 anos. “Me sinto muito bem vacinada, tanto depois da gripe comum como da covid, nunca deixei de me vacinar”. Sobre a importância da vacina, a aposentada deu um testemunho pessoal. “A gente está comunicando as pessoas conhecidas os parentes pra fazer a vacina, minha irmã que está muito mal no hospital não fez a vacina pois está internada, vai fazer depois, ou lá no hospital, ela está intubada, meu cunhado faleceu desta doença, mas não tinha sido vacinado ainda, a vacina não tinha chegado, o resto da minha família está se preparando que estão na idade”.
Moradora do bairro Vicentina, dona Ione da Silva Costa optou pela Escola Castro Alves e saiu feliz com a oportunidade de se imunizar perto de casa. “Está sendo difícil pra mim e pra todos, financeiramente um pouco difícil, mais psicologicamente, pois não sabemos o dia de amanhã, agora veio essa vacina pra dar um alivio pra gente, então eu acho que vai melhorar tenho esperança que vai melhorar”, ressaltou.