Promotores de Justiça e procuradores da República de diferentes regiões estão instaurando procedimentos para apurar denúncias de favorecimento a pessoas que, mesmo não fazendo parte de nenhum dos grupos considerados prioritários, teriam recebido a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus.
10 Estado
Conforme levantamento da Agência Brasil, em ao menos dez estados, além do Distrito Federal, denúncias já motivaram os ministérios públicos estaduais e Federal a cobrar explicações dos governos locais sobre eventuais irregularidades na fila de prioridade, prevista no plano federal e em planos estaduais de vacinação.
Rede Social: uma armadilha infalível
Aqui em São Leopoldo houve dois casos de funcionários do município que furaram a fila. Os nomes não foram divulgados pelo governo, mas não precisou. Os próprios furões se entregaram ao postar fotinho na rede social. Nunca vi alguém ter orgulho de furar a fila e se exibir com isso. Claro que apagaram depois, é óbvio. Aliás, no Amazonas também duas irmãs receberam a vacina e foram para redes sociais se exibir. Apesar de serem médicas, segundo o MP de lá, elas não estão na linha de frente do combate a covid-19 e não façam parte dos grupos prioritários.
Inquérito aberto
Tanto aqui em São Leopoldo como nos demais Estados que há denúncias, inquéritos foram abertos e os profissionais afastados. Em nota, o Secretário de Saúde, daqui, deixou claro que o governo não irá tolerar essas infrações. Segundo ele, “seremos absolutamente rígidos na observação dos critérios e não aceitaremos qualquer desfio de conduta”. Ainda conforme a nota, os profissionais tinham a “plena consciência de que não poderiam ser atendidos neste momento”. Ou seja, sabiam que não podiam ter se vacinado.