Nas redes sociais rola um debate interessante: divulgar ou não o nome das pessoas que já receberam a vacina? Um ex-chefe meu no Grupo Sinos escreveu que “em nome da transparência, seria sensato que todas as Prefeituras divulgassem, diariamente, como fazem com o boletim epidemiológico, os nomes das pessoas vacinadas contra o covid-19. Para evitar informações sobre pessoas vacinadas fora dos grupos preferenciais”. Segundo relato do ex-colega, haveria estados que a vacinação estaria ocorrendo em “grupo de ricos¨ e não de “risco”.
Prontuário médico
Outro chefe, também da época do Jornal VS, alertou que essa atitude poderia ser “invasão de privacidade”. Segundo ele, “informação pessoal sobre vacinação, assim como qualquer prontuário médico, requer privacidade entre paciente e médico”.
Nome dos óbitos
Concordo que é invasão de privacidade, mas citar os nomes dos óbitos não é uma invasão de privacidade ainda maior? Afinal expõe não sou quem morreu, mas toda a família.
Oferta menor que a procura
Acho que ambos têm razão, mas o problema é que vidas estão em jogo. Neste caso específico, sabemos que a oferta das vacinas é muito menor que a demanda. Ter os nomes revelados seria uma maneira de fazer respeitar os grupos prioritários. Pelo menos, aquela pessoa que desrespeitasse o cronograma, teria que encarar a sociedade. Assim foi com o auxílio emergencial.
Número apenas das doses
Conforme assessoria do governo, nomes não serão divulgados. A ideia é fazer o “fechamento do dia” e informar o número de pessoas vacinadas.
204 vacinas
Hoje à tarde, no programa Berlinda em Focco, a presidente do Hospital Centenário, Lilian Silva, falou que os 204 profissionais da área Covid da instituição serão vacinados nesta primeira etapa. A presidente revelou também que no Lar São Francisco, abrigo de idosos que fica ao lado do hospital, também já iniciou a vacinação. Só não sabia o número de pessoas.