Festas clandestinas em São Leopoldo começam na quinta-feira e vão até domingo dando trabalho para a Guarda Municipal

29 de dezembro de 2020 - 15:09
Por Isabella Belli

No último Berlinda News Entrevista de 2020, os jornalistas Sonia Bettinelli e Juliano Palinha receberam no estúdio o comandante da Guarda Civil Municipal de São Leopoldo (GCM), Wagner Pires e o corregedor da GCM, Humberto Rodrigues. Na pauta, a fiscalização da Força-Tarefa durante a pandemia e principalmente, agora no dia 31.

Segundo o Comandante Pires, no turno da manhã, a GCM faz a segurança da equipe da Força-Tarefa durante as fiscalizações, mas à noite, o trabalho da Guarda é basicamente fazer a fiscalização em si, como por exemplo, em festas clandestinas. “Desde o início da pandemia que todo final de semana tem festa. Não teve um final de semana que não tivesse uma festa. Começa na quinta-feira e vai até domingo”, contou o comandante que ressaltou que apesar de agora ter esta nova demanda trazida pelo coronavírus, a Guarda Municipal ainda tem todo o trabalho de rotina para fazer ao longo da noite.

Segurança patrimonial

“Às vezes parece que nós é que somos os culpados. Não temos viaturas para ir em todas as festas. À noite trabalhamos com 6, 7 viaturas. Hoje, por exemplo, temos em torno de 57 escolas entre EMEI e EMEF com alarmes ligados diretamente á nossa central, além das unidades básicas de saúde e outros setores da prefeitura como canil, e sempre que toca um alarme temos que deslocar uma viatura. Ou seja, temos também todo um trabalho de rotina para fazer”, explicou Pires que foi complementado pelo corregedor Humberto Rodrigues: “Esse ano foram implementadas 32 novas câmeras, inclusive recebemos a informação de um veículo que acabou de ser recuperado, onde a Guarda Municipal junto com a Brigada Militar e a Polícia Civil, fazemos o monitoramento das imagens, ou seja, auxiliamos nesse lado, também.”

 

Falta consciência aos jovens 

Conforme o Comandante Pires, o maior problema tem sido os jovens que ainda não se conscientizaram em 100% sobre os perigos do coronavírus. “O que percebemos da juventude é que eles precisam ter consciência, pois eles devem ter alguém em casa, um avô, por exemplo, e depois não adianta chorar pelo leite derramado. De maio para junho, começamos a ver pessoas próximas a nós morrendo de covid. A apesar de vermos muitas pessoas preocupadas, usando máscara e álcool em gel, ainda temos os inconsequentes fazendo festas.”

Festa da Virada cancelada em Tramandaí

Durante o programa, o Secretário de Turismo de Tramandaí, Rojoel Amaral, também marcou presença por telefone falando sobre o cancelamento da festa da Virada do Ano na cidade. Segundo ele, enquanto que ano passado a comemoração reuniu aproximadamente 350 mil pessoas em uma festa com fogos de artifício que durou 12 minutos, este ano, a praia estará vazia para a proteção de todos. “Muitas pessoas queriam que realizássemos o eveto, porque por ser a beira mar acham que não teria problema”, contou ele que vai colocar em prática no Ano Novo o caminhão que utilizou no Natal.

Trio elétrico

Das 16h às 23 horas, um caminhão tocando músicas da virada e distribuindo balões brancos vai circular pela cidade. Foi a forma encontrada pela Prefeitura para não passar em branco a passagem de ano. “É o que conseguimos fazer e que termine logo 2020”, afirmou Amaral.

Por ser uma cidade turística, Tramandaí tem tido certas dificuldades que aos poucos vão sendo enfrentadas. Para o secretário de Turismo, é impossível proibir a entrada dos visitantes, até porquê a cidade depende desses turistas para se manter economicamente. “É difícil para uma cidade turística como Tramandaí dizer para o visitante não vir, porque vivemos do turismo. Se nós não chamarmos o turista, outras cidades irão chamar, porque é uma concorrência muito grande. Nós temos que estar abertos, porque além de turistas temos os veranistas que são pessoas que vivem em outras cidades e têm casas aqui onde passam as férias de verão. O que pedimos para essas pessoas é que não façam festas particulares, que mantenham o distanciamento, que façam uso da máscara e do álcool em gel”, ressaltou ele que está contando com o apoio da Guarda Civil Municipal da cidade e também da Vigilância Sanitária.

Período difícil

“Todo verão nós montamos três palcos onde sempre realizamos shows aos finais de semana e na virada do ano e por enquanto está tudo parado, pois não podemos fazer esse tipo de evento. Estamos vivendo um período muito difícil, algumas pessoas ainda não acreditam no coronavírus.”

 

 

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