Data – Deflagrada hoje com a coordenação da 1ª DP de Sapucaia do Sul, delegado Gabriel Borges;
Contingente/cidades – A Operação ICEBERG conta com 150 policiais civis da 2ª DPRM, apoio aéreo da Polícia Civil, Coordenadoria de Recursos Especiais – CORE viaturas, Brigada Militar e Susepe e com ordens judiciais executadas nas cidades de Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Porto Alegre, Canoas, Montenegro e Novo Hamburgo.
Números da organização criminosa – Movimentou R$ 2,5 milhões em 3 dias; R$ 9 milhões bloqueados; 17 imoveis sequestrados; 8 veículos sequestrados; R$ 30 mil em dinheiro apreendido;
Ordens judiciais – 97
Início da investigação – Em 27/05/2020, quando dois indivíduos foram presos em flagrante no município de Sapucaia do Sul pelos crimes de tráfico de entorpecentes e porte ilegal de arma de fogo. Apreendidos telefones celulares, documentos e diversos comprovantes de depósitos bancários.
Esquema – Polícia apontou esquema de ocultação e mascaramento de bens e valores, oriundos do tráfico ilícito de entorpecentes. Remessa de dinheiro proveniente do tráfico ilícito de drogas a diversas contas bancárias de “laranjas”. Diversas empresas de fachada foram criadas para auxiliar no esquema de lavagem de capitais.
Poder econômico – Movimentações financeiras superiores a 2 (dois) milhões de reais em 3 (três) dias, o que confirma o poder econômico que gira em torno da organização criminosa. Diversas das contas bancárias e dos estabelecimentos comerciais de fachada são situados em outros municípios do Estado do RS evidenciando o caráter regionalizado do grupo.
Paraguai/Mato Grosso – Algumas empresas que recebiam valores eram sediadas em cidades limítrofes com o Paraguai, no estado de Mato Grosso. Dinheiro era transferido para esses locais para a compra de mais entorpecentes oriundos do país vizinho, que entrariam via fronteira e serviriam como novo abastecimento, para a sequência do esquema criminoso.
Organização hierárquica – As lideranças possuíam funções específicas de recolhimento dos valores e transferências nas contas bancárias determinadas. O grupo utilizava dezenas de imóveis e veículos como forma de transformar o patrimônio obtido por meio do tráfico de drogas e dar a ele aparência lícita.
Operação – Desarticular o esquema de lavagem de capitais por meio do bloqueio de diversas contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, sequestro de bens móveis e imóveis e prisão das lideranças da organização criminosa que são responsáveis pela movimentação financeira do grupo.
Seis meses de investigação – Vários agentes envolvidos nas diligências, e dessa investigação, resultaram: 27 (vinte e sete) mandados de busca e apreensão em residências; 03, (três) ordens de prisão preventiva; 26 (vinte e seis) quebras de sigilo fiscal, bancário e financeiro; 8 (oito) indisponibilidade de imóveis; 16 (dezesseis) contas bancárias bloqueadas; e 17 (dezessete) sequestros de veículos.
Empresas de fachada -1 em Sapucaia do Sul;8 (oito) empresas de fachada identificadas sendo: 2 em Franca/SP; 2 em Ponta Porá/MS;1 Campo Grande/MS; 2 Curitiba/PR.
Penitenciária Montenegro – Também foi efetuada ação de busca na penitenciária modulada estadual de Montenegro, em que se encontra preso preventivamente uma das lideranças da organização criminosa. A ação contou com o apoio da SUSEPE, serão mobilizados 20 Policiais Penais.
O Delegado Gabriel Borges, Titular da 1 DP de Sapucaia do Sul, afirma que “o novo modelo de enfrentamento da Polícia Civil frente ao crime organizado busca a descapitalização das organizações criminosas, o que gera seu enfraquecimento, uma vez que os recursos ilícitos que movimentam as atividades delituosas são alcançados e revestidos em prol do Estado.”
O Tenente Coronel Alexandre da Rosa, comandante do CPM, afirma que “a integração é fundamental para a eficiência no trabalho contra o crime organizado.”
O Major Paulo César dos Santos, comandante do 33 BPM diz que: “é importante atingir a parte financeira da organização criminosa”
O Diretor da Segunda Delegacia de Polícia Regional Metropolitana – 2 DPRM, Delegado Mario Souza, destaca que “a investigação e operação realizada denotam importante e profunda ação da Polícia Civil frente ao crime organizado, buscando suas lideranças e localizando grande quantidade de recursos utilizados e oriundos das atividades ilícitas.” O grupo criminoso “segundo as investigações atuava como uma empresa do crime.”
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