Os vereadores de São Leopoldo aprovaram hoje (1) projeto do Executivo que trata, entre outros itens, do auxílio funeral para população vulnerável. Na prática, segundo Charles Pranke, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, objetivo é licitar uma funerária para a prestação do serviço completo: translado do corpo; isenção de taxas de sepultamento em São Leopoldo; concessão de ataúde conforme disponibilidade e necessidade de tamanho, material e modelo.
Em sua manifestação na sessão da Câmara de Vereadores, Charles disse que a decisão de regulamentar a lei foi agilizada também pelos problemas ocorridos desde o início da pandemia, ou seja, pela morte de pessoas que necessitaram da assistência para o funeral e as famílias enfrentaram dificuldades para acessar o auxílio.
Pelo projeto, a funerária que vencer a licitação fará contato direto com o CRAS da região onde a família reside. “Teremos plantão de todos os CRAS para que a funerária faça o contato. A família irá procurar a funerária”, explicou Charles. A previsão é que a licitação seja realizada após a lei estar sancionada.
Os vereadores Brasil Oliveira (PSD) e Ary Moura (PDT) chamaram atenção pelas dificuldades enfrentadas pelas pessoas que vivem essa situação. “É preciso realmente que isso funcione porque infelizmente as mortes ocorrem à noite, nos finais de semana, a qualquer hora e as pessoas não sabem quem procurar. Na teoria parece bom, mas precisa funcionar”, comentou Brasil Oliveira.
Para o pedetista Ary Moura a burocracia é um empecilho em momentos de tragédia.”As pessoas ficam procurando ajuda e se depende de alguns órgãos públicos, se a morte acontece no final de semana, só vai chegar para os responsáveis na segunda-feira”, alertou. Charles Pranke garantiu aos vereadores que as famílias devem procurar a funerária, que por sua vez, fará o contato com o CRAS independente do dia e da hora.
O vereador Perci Pereira (PP) também destacou a importância do auxílio, destacando que as pessoas têm dificuldades no pior momento, que é a partida de um familiar.
