Em entrevista ao Berlinda News nesta quinta-feira, 10, a diretora do Procon de São Leopoldo, Anajara Isse, revelou que desde Março, quando começou a pandemia, o arroz já sofreu um aumento de um pouco mais de 40%. E esse dado só existe porque o Procon realiza mensalmente uma pesquisa de valores da cesta básica que possibilita um comprativo entre os meses. Em Março deste ano, por exemplo, um saco de 5 quilos de arroz estava por R$ 9,99. Em Agosto, o mesmo produto não sai por menos de R$ 13,99 para o consumidor.
Foto: Juliano Palinha
Somente entre Julho e Agosto, o preço da cesta básica já sofreu um aumento de 3% no Município. De R$ 459,97 chegou a R$ 475,45. Segundo a diretora, o órgão de proteção ao consumidor da cidade já está se reunindo com outras instituições como Procon Federal, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) e Delegacia de Polícia de Defesa do Consumidor (Decon) na tentativa de reduzir este aumento com fiscalização. “É importante o consumidor saber que o Procon tem uma certa legitimidade. A gente só pode ir até um certo ponto que é: consumidor – Procon – mercado”, explicou Isse. A fiscal do Procon, Cibele Prado, também explicou que é importante que o consumidor que queira reclamar sobre algum aumento abusivo, tire fotos e leve junto ao Procon a nota fiscal da compra. “Precisamos ter essas provas para poder ir ao local fazer a fiscalização.”
Ainda conforme a diretora do órgão, é possível incriminar o proprietário do mercado caso durante a fiscalização seja encontrada uma diferença nos movimentos de entrada e saída do estabelecimento. “A informação sobre essa alta dos preços que nos chega é que vem dos distribuidores para os mercadistas que já recebem o produto com valor elevado e o mercadista não pode agir na ilegalidade contra a ordem econômica. Porque se calcularmos os valores das notas fiscais de entrada e saída e for constatado 20% a mais no movimento dele, ele vai estar fora da legalidade e pode sofrer sanção sim, por praticar crime contra a ordem econômica. Mas isso é um processo demorado, porque temos que dar ampla defesa ao mercadista e muitas vezes o consumidor não entende isso”, contou Anajara Isse que ressaltou que o Procon está fazendo tudo que pode e deve. “Inclusive agradeço ao Berlinda News pela oportunidade, porque esse espaço é mesmo importante para podermos falar diretamente ao consumidor.”
Feijão e batata mais baratos
Apesar dos aumentos excessivos e abusivos em alguns itens da cesta básica, outros sofreram uma redução no valor. O preço de 1Kg de feijão preto, por exemplo, diminuiu 14%, acompanhado do quilo do sal que teve a mesma redução. Em Julho, o consumidor encontrava o feijão nas prateleiras do mercado por R$ 4,99 e hoje é possível comprá-lo por R$ 4,29. Outro produto que também baixou de preço foi a batata: – 31%. No mês anterior o quilo do tubérculo não saía por menos de R$ 3,59 neste mês, conforme pesquisa feita pelo Procon, está custando ao consumidor R$ 2,49.
As tabelas mensais de valores da cesta básica você pode encontrar no site da Pefeitura (www.saoleopoldo.rs.gov.br). Basta pesquisar por “cesta básica”.
Quem quiser denunciar algum estabelecimento ou precisa tirar alguma dúvida com o Procon, pode entrar em contato por:
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