O polêmico kitcovid nos bastidores da política de São Leopoldo

Sobre a ação popular que o médico Ivo Leuck exige que União, Estado e Município garantam o tratamento precoce para a covid-19, o  “kitcovid” ( cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina), a tendência é  a polêmica aqui em São Leopoldo. Embora União e Estado sejam citados, o objetivo da ação é o governo municipal. O prazo de cinco dias para que o Município se manifeste ainda não começou a contar, mas isso é um detalhe na discussão que está tomando o rumo político/partidário e a grenalização nas redes sociais.

João Darzone, advogado do médico Ivo Leuck, classifica como “omissão” o Poder Público não disponibilizar o tratamento precoce, ou seja, deixar de  usar todas as armas ou alternativas na preservação da vida.

O juiz da 4ª Vara Federal de Porto Alegre,Luiz Clóvis Nunes Braga, ao dar prazo de cinco dias para os citados se manifestarem a respeito da ação popular, destaca a questão econômica e sanitária para a Prefeitura de São Leopoldo, antes do pedido de tutela de urgência.

Procuradora-geral do Município, a advogada Angelita Rosa, diz que serão juntadas todas as notas técnicas de contraindicações do uso do “kitcovid” , segundo Angelita “desaprovado pelos órgãos como Secretaria Estadual de Saúde e  OMS por não haver embasamento cientifico comprovado da eficácia. Não haverá programa social e nem protocolos. O ato médico dá a segurança para o profissional  usar a medicação que entender eficaz no tratamento de seu paciente”, diz.

Nos bastidores da política leopoldense, esse tema repercute na  disputa eleitoral, inclusive porque o médico Ivo Leuck coloca-se como  pré-candidato a prefeito pelo PRTB.  Lembrando que o posicionamento de Leuck sobre o uso do kitcovid é de mais tempo nas suas redes sociais, e igualmente crítico das  ações de enfrentamento à pandemia, como o distanciamento social.